Foram duas as aplicações de contramarcas na Província do Maranhão, ambas exclusivamente em cobre, sendo definitivamente falsas as que, eventualmente, possam aparecer sobre moedas de prata.
Primeira carimbagem: No ano de1834, foram realizadas nos valores MV, MX, e MXX. Tinha por finalidade reduzir o valor circulatório do numerário à quarta parte do valor facial, para evitar a evasão da moeda de cobre da Província. Com exceção de peças básicas muito raras, as moedas com estes carimbos costumam ser vendidas por valores que podem variam bastante, segundo o estado de conservação.
Existem variantes com o valor entre pontos, entre estrelas de 4 ou de 5 pontas, pontos e estrelas, carimbos quadrados, retangulares ou em forma de escudo, grandes, pequenos, etc, de maior ou menor grau de raridade.
Em coleções muito antigas, podemos encontrar os carimbo M20 (cifras hindu-arábicas), que certamente trata-se de um ensaio não aprovado. Acredita-se que a rejeição deveu-se ao fato de que os povos maranhenses não simpatizavam com as moedas do Império, todas com as cifras hindu-arábicas.
Em face da existência deste raro ensaio, os falsificadores trataram logo de criar a série completa, fabricando (falsificando), além do carimbo M20, os carimbos M5 e M10. Como estas falsificações do carimbo Maranhão aparecem predominantemente, em coleções do Rio de Janeiro e de São Paulo, deduz-se que foram nelas contrafeitos.
Segunda carimbagem: Teve lugar depois de Abril de 1835, usando-se para tanto, um simples carimbo com a letra M, cuja aplicação oficial era feita no reverso da moeda, reduzindo o seu valor circulatório a metade (não à quarta parte) do valor facial. Quando aplicado sobre a moeda quem porventura tivesse sido carimbada anteriormente, com as contramarcas da primeira carimbagem, novamente elevava o seu valor circulatório à metade do facial.
Nota: Especial atenção deve ser dada aos carimbos MV e M, em moedas de 20 Réis ou XX Réia, pois a maior parte delas foi fasificada em Fortaleza (Ceará) e em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.
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